sábado, 12 de maio de 2012

Objeção de Consciência: é seu direito fazer!

  Alguns cursos como Biologia, Medicina Humana ou Veterinária, Nutrição, Odonto, Farmacologia e outros, ainda exigem o uso prejudicial de animais. Se você não sabia que tal uso de animais fazia parte de seu currículo, e se você percebe que tal uso entra em conflito com suas convicções pessoais, você tem o direito legal de não o fazer.
  De acordo com sua ética pessoal, onde exatamente você traçaria uma linha em relação ao uso de animais? Esteja apto (a) a defender sua posição. Leia! Decida o que é um recurso substituível aceitável. Certamente você deve requerer uma prática educacionalmente válida, com tempo equivalente, que exija esforço, qualidade de aprendizagem e crédito acadêmico. Você pode começar só, mas pode haver um aumento em número de pessoas que dêem apoio. Tente descobrir a sua volta se estudantes sentem o mesmo que você. Obtenha o apoio de amigos e de professores.
  om calma, mas com firmeza, explique a seu professor que a prática com animais entra em conflito com suas crenças éticas, morais ou espirituais. Explique que você quer aprender, mas sem ter que matar animais. Peça especificamente por um bom recurso substitutivo, uma vez que você não quer participar da prática com animais e quer encontrar uma solução razoável para o problema. Não deixe que seu professor (a) intimide: você se baseia em seus sentimentos e perspectivas. Mas não seja arrogante, e esteja preparado (a) para discutir a questão. Antecipe o que seu professor pode perguntar. Se seu professor está aberto à mudança, e você afirma que pode usar um outro recurso que julga mais conveniente, então peça por uma confirmação em escrito. Se a resposta for negativa, então você precisa apresentar seu caso com mais profundidade. É bom que você guarde toda papelada que você adquirir durante o processo. Inclua as ações que você tomou, as datas dos encontros e reuniões, as pessoas envolvidas, temas de debate e decisões tomadas. Não esqueça: mantenha sempre com você cópias de toda papelada e de todo material relevante.
   Entenda o conceito e prática da educação humanitária, e esteja atento (a) a cursos de outras universidades que permitem que os estudantes escolham e ofereçam outros recursos, ou que simplesmente não usem animais. Familiarize-se com os métodos substitutivos disponíveis e das questões acerca do seu uso, como seu potencial educativo, custo e qualidade, e de que tipo de equipamento necessita (se requerido). Descubra os detalhes dos objetivos da prática. Proponha uma prática, ou uma combinação de recursos, que possa substituir o uso de animais, e que encontre os objetivos da aula. Descubra quais os procedimentos formais para se resolver isso. Procure conseguir o apoio de seu Centro Acadêmico ou Diretório Central de Estudantes. Comece com o processo agora, se for mais apropriado. Informe-se da legislação nacional ou internacional que possa apoiar a sua decisão. Apresente ao professor um pacote de informações que inclua sua posição e requisição, sua proposta para a substituição com detalhes dos recursos possíveis, e todas literaturas relevantes. Copie o material para o chefe de departamento, diretor, e a quem lhe der apoio, explicando toda a situação.
  Considere a ação legal: Se a universidade ainda se nega a respeitar seus direitos, e se você está preparad@ a continuar, então existe a opção pela ação judicial. É possível levar sua universidade à justiça federal, e muitos estudantes na Alemanha e Estados Unidos tem ganho tais casos. No Brasil, o caso do estudante Róber Bachinski, da UFRGS, é um exemplo de como este tipo de ação pode dar certo. Considere cuidadosamente o tempo, dinheiro e energia necessários para tal ação.

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