segunda-feira, 4 de junho de 2012

Galeria de fotos do dia 12 de Maio, no calçadão Salvador Isaía


Prefeito Cezar Schirmer assinou o abaixo assinado e disse que fazia questão da aparição de seu nome.




A veterinária e representante da ONG Clube Amigo dos Animais dando entrevista e relatando o que já viu e as denuncias que recebe diariamente.





Waleska Cardoso membro dos Veganos do Coração e advogada relatando a parte jurídica e ética para imprensa.





E com muito esforço e gratidão, 3600 assinaturas.


segunda-feira, 28 de maio de 2012

12 de Maio de 2012 - 3600 ASSINATURAS!

  Depois de tudo que ja sabíamos que acontecia dentro da UFSM e da UNIFRA (na semana anterior um filhote de coelho havia sido sequestrado por um aluno de dentro da UNIFRA, ué Universidade Franciscana da nossa cidade joga aos quatro ventos que tem biotério la dentro? haha), no dia 12 de Maio nos reunimos e fomos para o calçadão Salvador Isaía, integrantes dos grupos Veganos do Coração, Gaspa Amigos Fiéis, Clube Amigo dos Animais, Grandeza Animal, Ciência Cruel, Quatro Patas SM, União Santamariense Protetora dos Animais, Focinhos Felizes, az sm, Vegs & aliados sm e alguns ativistas independentes, com panfletos explicativos sobre objeção de consciência, métodos alternativos nos testes, produtos que não testam, banner's, faixas, camisetas e o abaixo assinado para recolher assinaturas para o reitor da UFSM e o Ministério Público. No fim do dia, chegamos ao incrível número de 3600 assinaturas!

Doutorando enviou uma carta ao jornal "Diário de Santa Maria" esclarecendo sobre a pesquisa.


"Devido à publicação de reportagem publicada nos jornais Diário de Santa Maria e Zero
 Hora no dia 10 de maio, cujo teor questionou a eticidade do projeto de doutorado e
 denunciou supostos maus tratos ao animais do experimento, venho tecer algumas 
considerações com a finalidade de esclarecer os objetivos e a condução desta pesquisa 
além de apresentar pontos importantes que afastam as acusações, fundadas em denúncias
 anônimas, contidas na matéria citada.

Estudos demonstram que a cavidade oral, objeto do experimento, é o quarto local mais
 acometido por neoplasias em cães, representando 6% de todos os tumores nesta espécie.
 O tratamento de escolha é a cirurgia, sendo necessária a remoção de todo o tumor, com
 boa margem de segurança. Entretanto, algumas complicações estão associadas a estes
 procedimentos. Após a cirurgia são esperados edema da pele e da mucosa, infecção,
 uma vez que a cavidade oral é bastante contaminada, os pontos abrirem, protrusão
 da língua, o animal ficar babando constantemente, má oclusão e degeneração da articulação
 da mandíbula, úlceras.

A breve recuperação das funções orais é de extrema importância para uma melhor
 apreensão, mastigação e deglutição dos alimentos. Além disso, a falha produzida na
 mandibulectomia para remoção dos tumores orais promove uma lacuna óssea de difícil
 cicatrização. Outro aspecto importante é que muitos proprietários não aceitam a realização
 da cirurgia devido à alteração na conformação facial que a mandibulectomia ocasiona.

As reconstruções mandibulares, pouco descritas em cães, são amplamente utilizadas na 
medicina humana para corrigir defeitos estéticos e funcionais dos pacientes. Para tal reconstrução
, placas de titânio são usadas por serem biocompatíveis e terem comportamento mecânico o mais
 próximo possível do osso, sem a necessidade de remoção da placa, com intuito de retorno da
 função fisiológica mais rápida e uma aparência estética melhor. Os principais objetivos da
 reconstrução mandibular em seres humanos são a manutenção estável da ventilação; a
 restauração da mastigação, da deglutição e da função vocal; a possibilidade de aplicação de
 implantes dentários e o retorno do contorno mandibular normal e a manutenção da estética 
facial. Muitas pessoas que sofrem de câncer na cavidade oral, devido a estes defeitos funcionais
 e cosméticos, acabam vivendo reclusos aos olhos da sociedade.  

Sobre a aplicação desta técnica cirúrgica em cães no projeto de doutorado é que ocorreram 
denúncias de maus-tratos aos animais. Refuto o acontecimento destes fatos e afirmo que esta
 pesquisa sempre respeitou as normas da experimentação animal, tendo tido a aprovação do
 comitê de ética da UFSM, com controle severo da dor nestes pacientes, e sempre com os meus 
cuidados e/ou da minha equipe de pós-graduandos e estagiários.

O experimento se baseia em uma primeira fase com peças anatômicas para o desenvolvimento
 de próteses e testes para se verificar a sua aplicabilidade, no qual a técnica se mostrou viável.
 Porém estava prevista fase em animais experimentais, pois uma coisa é fazer os estudos em
 peças e outra em animais vivos. Como se trata de um método novo e inovador na Medicina 
Veterinária
 se desconhecem as taxas de possíveis complicações deste procedimento, por isso a importância
 da
 fase experimental. Em humanos, as complicações mais observadas na técnica de reconstrução
 mandibular se devem a falhas nas placas e nos parafusos e a falhas no sistema de cobertura 
dos tecidos, acarretando um quadro de infecção e até perda do enxerto, além das complicações
 da remoção de parte da mandíbula como citado acima.

Assim, muitas possibilidades de complicações poderiam ocorrer como em qualquer procedimento 
cirúrgico, e a utilização destas próteses seria justamente para se tentar eliminar ou minimizar
 as complicações da simples remoção do tumor sem a sua posterior reconstrução. E, depois de
 se obterem os resultados da viabilidade de sua utilização in vivo, viria a terceira fase, que seria
 a sua utilização em animais com câncer. A passagem da primeira fase, em peças, para a terceira
 fase,
 em pacientes com câncer, poderia acarretar consequências imprevisíveis para estes animais,
 visto que 
é um procedimento novo, que, como já dito, não se sabe exatamente a sua viabilidade ou não
 em animais
 vivos.

Verificou-se que alguns animais apresentaram complicações e, tendo em vista que algumas
 delas
 deixariam sequelas, optou-se pela eutanásia deles, como melhor opção para o animal, mais
 ética,
 frente ao sofrimento que eles teriam permanecendo vivos. Os demais animais serão
 encaminhados
 para a doação, pois se encontram bem, podendo, apenas alguns, ter que tirar a placa
 que se
 apresentar pequena exposição, mas sem contaminação do local.

Apesar do que acima foi dito, a mencionada reportagem expôs afirmativas falsas sobre 
o projeto,
 afirmando ter havido remoção de parte ou de TODA a mandíbula, quando na verdade,
 é somente
 de uma parte da mandíbula. Também não houve maus-tratos dos animais. Muito 
diferentemente
 do que diz a reportagem, os animais não estão jogados, abandonados e magros, pelo
 contrario, eles
 estão com peso bem acima de quando se iniciou o projeto. 

Se por um lado a preocupação da reportagem ser de extrema importância, abordando o
 tema do
 bem-estar dos animais, pro outro foi baseada tão somente em denúncias anônimas, de
 acusações "de
 que ouviram falar disso e daquilo," sem, no entanto, terem o conhecimento do experiment


e das suas condições. 

Com base nestes testemunhos anônimos (que a reportagem se nega a divulgar), a minha
 imagem 
e o meu nome, este sim divulgado, viraram símbolos de maus-tratos dos animais, especialmente 
de pessoas
 que não concordam com experimentos em animais, que é um assunto polêmico. Reforço 
aqui que a 
utilização de cães como cobaias deveu-se justamente por se tentar eliminar ou diminuir
 as complicações do
 tratamento do câncer em cães. Dado o exposto, gostaria de reiterar minhas considerações,
 ratificando minha
 conduta ética. Fico à disposição dos órgãos responsáveis para eventuais esclarecimentos."




O Diário publicou que havia cães no local, mas uma semana depois uma veterinária responsável pelo local me ligou que havia pego a cadela da reportagem (foto) mas não podia ficar com ela, pois ja havia mais 6 cachorros de experimentos na sua casa e queria que eu a adotasse. Poisé, nem isso a universidade se responsabilizou, pelos cuidados da cachorra, nem a universidade, nem o doutorando, não passou da boca pra fora do reitor.

UFSM - Cães Cobaias

  No dia 09 de Maio ficamos sabendo que havia ocorrido mais uma denuncia utilizando animais de cobaias na UFSM, mas desta vez para o Diário de Santa Maria e Zero Hora, a matéria sairia no dia 10/05 e teríamos que estar prontos para agir e nos reunimos.
  Dia 10 de Maio saiu as seguintes matérias:
  • "Experimentos revoltam alunos: Projeto na UFSM removia parte de mandíbular e maxilares para colocação de placas de titânio" - "UFSM diz que não sabia dos desdobramentos das pesquisas" (Zero Hora jornal impresso e online)
  • "Divergências sobre testes em animais" (Zero Hora - jornal impresso)
  Dia 11 de Maio:
  • "Pesquisa da UFSM é alvo de inquérito: O Ministério Público Federal entrou no caso, e o Ibama poderá apurar o que houve durante a pesquisa." (Diário de Santa Maria - jornal impresso)
  • "UFSM já está investigando" (Diário de Santa Maria - jornal impresso)

  • "Maus-tratos de cães na Universidade Federal de Santa Maria são investigados pelo MPF: Inquérito para apurar experimento realizado na UFSM foi aberto na quinta-feira" (Zero Hora - online)
  • "Ibama deve notificar a UFSM em caso de pesquisa com cães - Instituto quer saber se o conselho de bioética autorizou procedimentos com animais e em que condições" (Zero Hora - online)


As matérias completas estão no site do clicrbs.com.br

sábado, 12 de maio de 2012

II Manifestação Nacional Anti Vivissecção e Experimentação Animal

  No dia 28/04 ocorreu em diversas cidades do Brasil e do mundo a II Manifestação Nacional Anti Vivissecção e Experimentação Animal. Em Santa Maria, um grupo de ativistas, cerca de 30 pessoas, se reuniram na Praça Saldanha Marinho para manifestar seu repudio a estas práticas.
  O protesto iniciou as 9 hrs da manhã e encerrou as 18 hrs da tarde.
  Mesmo com chuva e cerca de 10ºC. uma grande quantia de panfletos educativos e informativos foram distribuidos. Houve também um abaixo-assinado recolhendo assinaturas contra Vivissecção.


                                     












Métodos substitutivos


Modelos e simuladores: Modelos e simuladores mecânicos podem ser muito úteis ao estudo de anatomia, fisiologia e cirurgia. Eles vão de modelos simples e baratos a equipamentos computadorizados. Modelos mecânicos como simuladores de circulação podem oferecer uma excelente visão de processos fisiológicos, e simuladores de pacientes ligados à computadores e manequins, e controles sofisticados de operação estão substituindo cada vez mais o uso de animais no treinamento médico.

Simulação computadorizadas e realidade virtual: Recursos computadorizados podem ser altamente interativos e incorporar outros meios como gráficos de alta qualidade, filmes, e frequentemente CD Roms. Eles podem ser baseados em dados experimentais atuais ou serem gerados de equações clássicas, e podem incluir variação biológica. Alguns permitem a adaptação pelos professores, de modo a possibilitar os objetivos específicos da aula. A aprendizagem através de computadores não apenas permite a exploração de disciplinas por novos caminhos e em grande profundidade, como também capacita os estudantes para um futuro onde a Informação-Tecnologia terão um papel dominante. Desenvolvimentos no campo da realidade virtual têm possibilitado o uso de técnicas de imagem de alta qualidade no trabalho de diagnóstico e tratamento no estudo e prática de medicina humana. Com as técnicas disponíveis atualmente, o desenvolvimento de novos recursos computadorizadas e o aperfeiçoamento de produtos existentes é quase ilimitado.

Filmes e vídeos interativos: Filmes são baratos, fáceis de se obter, duradouros e fáceis de usar. Eles oferecem a possibilidade de repetição, utilizando câmera lenta, e mostrando detalhes em closes. A adição de gráficos, animações e elementos interativos podem acentuar o seu valor educativo; os estudantes podem acompanhar uma gravação de um experimento enquanto monitoram os equipamentos que registram os detalhes do experimento. 

Auto-experimentação: Estudantes de biologia e medicina de muitas universidades participam ativamente em práticas cuidadosamente supervisionadas onde eles são os animais experimentais para o estudo de fisiologia, bioquímica e outras áreas. Ingerindo substâncias como café ou açúcar, administrando drogas como diuréticos, e usando eletrodos externos para a mensuração de velocidade de sinais nervosos estão entre os muitos testes que podem ser aplicados em si mesmo ou nos colegas.

Uso responsável de animais: Para estudantes que precisam de experiências práticas com animais, tais necessidades podem ser supridas de diversas maneiras humanitárias. Animais que morreram naturalmente, ou que sofreram eutanásia por motivos clínicos, ou que foram mortos em estradas (imagem ao lado), etc., são utilizados em algumas universidades para o estudo de anatomia e cirurgia. Para estudantes que precisam do uso de animais vivos, a prática clínica é o método mais aplicado e humanitário; em muitos cursos de veterinária, por exemplo, a habilidade cirúrgica é aprendida pelos estudantes através de operações supervisionadas em pacientes animais, em clínicas veterinárias. O mesmo acontece na medicina, com pacientes humanos.

Estudos de campo e de observação: Existe uma gama ilimitada de práticas que podem ser aplicadas nos estudos em campo. Animais selvagens e domésticos, e obviamente humanos, oferecem oportunidades para o estudo prático não invasivo e não prejudicial no estudo de zoologia, anatomia, fisiologia, etologia, epidemiologia e ecologia. Tais métodos podem estimular os estudantes a reconhecerem suas responsabilidades sociais e ambientais.

Experiências in vitro: Muitos procedimentos bioquímicos envolvendo tecido animal podem ser adequadamente experimentados em cultura de tecidos. Outros métodos in vitro, particularmente em toxicologia, podem ser utilizados microorganismos, cultura de células, substituindo o uso de animais e oferecendo excelente preparação para profissões em pesquisas humanas.

Objeção de Consciência: é seu direito fazer!

  Alguns cursos como Biologia, Medicina Humana ou Veterinária, Nutrição, Odonto, Farmacologia e outros, ainda exigem o uso prejudicial de animais. Se você não sabia que tal uso de animais fazia parte de seu currículo, e se você percebe que tal uso entra em conflito com suas convicções pessoais, você tem o direito legal de não o fazer.
  De acordo com sua ética pessoal, onde exatamente você traçaria uma linha em relação ao uso de animais? Esteja apto (a) a defender sua posição. Leia! Decida o que é um recurso substituível aceitável. Certamente você deve requerer uma prática educacionalmente válida, com tempo equivalente, que exija esforço, qualidade de aprendizagem e crédito acadêmico. Você pode começar só, mas pode haver um aumento em número de pessoas que dêem apoio. Tente descobrir a sua volta se estudantes sentem o mesmo que você. Obtenha o apoio de amigos e de professores.
  om calma, mas com firmeza, explique a seu professor que a prática com animais entra em conflito com suas crenças éticas, morais ou espirituais. Explique que você quer aprender, mas sem ter que matar animais. Peça especificamente por um bom recurso substitutivo, uma vez que você não quer participar da prática com animais e quer encontrar uma solução razoável para o problema. Não deixe que seu professor (a) intimide: você se baseia em seus sentimentos e perspectivas. Mas não seja arrogante, e esteja preparado (a) para discutir a questão. Antecipe o que seu professor pode perguntar. Se seu professor está aberto à mudança, e você afirma que pode usar um outro recurso que julga mais conveniente, então peça por uma confirmação em escrito. Se a resposta for negativa, então você precisa apresentar seu caso com mais profundidade. É bom que você guarde toda papelada que você adquirir durante o processo. Inclua as ações que você tomou, as datas dos encontros e reuniões, as pessoas envolvidas, temas de debate e decisões tomadas. Não esqueça: mantenha sempre com você cópias de toda papelada e de todo material relevante.
   Entenda o conceito e prática da educação humanitária, e esteja atento (a) a cursos de outras universidades que permitem que os estudantes escolham e ofereçam outros recursos, ou que simplesmente não usem animais. Familiarize-se com os métodos substitutivos disponíveis e das questões acerca do seu uso, como seu potencial educativo, custo e qualidade, e de que tipo de equipamento necessita (se requerido). Descubra os detalhes dos objetivos da prática. Proponha uma prática, ou uma combinação de recursos, que possa substituir o uso de animais, e que encontre os objetivos da aula. Descubra quais os procedimentos formais para se resolver isso. Procure conseguir o apoio de seu Centro Acadêmico ou Diretório Central de Estudantes. Comece com o processo agora, se for mais apropriado. Informe-se da legislação nacional ou internacional que possa apoiar a sua decisão. Apresente ao professor um pacote de informações que inclua sua posição e requisição, sua proposta para a substituição com detalhes dos recursos possíveis, e todas literaturas relevantes. Copie o material para o chefe de departamento, diretor, e a quem lhe der apoio, explicando toda a situação.
  Considere a ação legal: Se a universidade ainda se nega a respeitar seus direitos, e se você está preparad@ a continuar, então existe a opção pela ação judicial. É possível levar sua universidade à justiça federal, e muitos estudantes na Alemanha e Estados Unidos tem ganho tais casos. No Brasil, o caso do estudante Róber Bachinski, da UFRGS, é um exemplo de como este tipo de ação pode dar certo. Considere cuidadosamente o tempo, dinheiro e energia necessários para tal ação.